Sabemos que temos formas de ver e viver a vida completamente diferentes.
Ao extremo diria que não queríamos a vida uma da outra. Mas o respeito que temos pelas opções de cada uma, tem permitido que esta amizade se tenha reconstruído e fortalecido. Valorizo cada vez mais o poder, de uma forma clara e aberta, manifestar a minha discordância, e que isso não se torne numa refuta. Desprezo cada vez mais aqueles que pretendem limitar os outros pela sua maneira de ser.
Dito o dito, vamos à discórdia.
Claro que o amor dá trabalho. E se ainda não deu vai dar. Mas, mais trabalho que gozo?! Deixa-me que te diga que andas e te andam a fazer muito mal o amor.
Instintivamente vamos ficando no território conhecido, protegemo-nos e não corremos perigos. É preciso fazer um esforço para acabar de vez com tudo aquilo que não nos interessa, ganhar coragem e pôr a nossa vida no caminho que queremos.
Na sua essência, as relações não são estanques. São constituídas por um Eu e um Ele em constante transformação. O prazo de validade depende de cada casal e da dose de afecto que estão dispostos a juntarem.
Dizem que o Amor é apaixonarmo-nos várias vezes pela mesma pessoa.
Eu diria que é o enamoramento. É o namorar todos os dias. É estar atento ao outro. É o gostar de descobrir coisas novas no outro e com o outro. É gostar daquilo que já sabemos. É, essencialmente, não adiar.